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martes, 7 de abril de 2015

Y EL ÓBOLO BAJO LA LENGUA




EM UN RETRATO


De sob o cômoro quadrangular
Da terra fresca que me há de inumar,

E depois de já muito ter chovido,
Quando a erva alastrar com o olvido,

Ainda, amigo, o mesmo meu olhar
Há de ir humilde, atravessando o mar,

Envolver-te de preito enternecido,
Como o de um pobre cão agradecido.


Camilo Pessanha.